É inegável que a ciência é imprescindível em nosso dia a dia, seja através das tecnologias, medicamentos, objetos, alimentos, ou qualquer outra esfera do cotidiano. Não só isso, mas a área também estimula a observação, pensamento crítico e o debate, favorecendo a tomada de decisões mais informadas, quer relacionadas à saúde, economia ou política.
Porém, ainda existe um grande abismo entre as descobertas científicas e o povo, principalmente devido à linguagem complexa empregada. Como consequência, o campo é visto como elitista e o cientista como inalcançável. Assim, a comunicação científica faz-se essencial para tornar a ciência, de fato, acessível para todos, além de aumentar a confiança da população nessa área crucial. Para tal, dois modos diferentes de transmissão de conhecimento surgem como uma ponte entre a sociedade e a ciência: o jornalismo e a divulgação científica.
Como o próprio nome implica, esse tipo de disseminação de informações é, antes de tudo, um jornalismo e, portanto, é voltado para a cobertura de notícias em jornais, revistas e programas de televisão. Para isso, o jornalista deve apresentar uma formação acadêmica voltada justamente para noticiar ciência, sendo importantes os conhecimentos de escrita, comunicação e publicidade. O repórter não é um cientista, pelo contrário, ele representa um olhar externo à ciência, sempre buscando fontes confiáveis para poder repassar o conhecimento para o público.
Porém, muito além de informar, o jornalista também analisa o contexto da descoberta científica, destrinchando o seu impacto sobre a sociedade em todos os seus âmbitos. Logo, além de traduzir a linguagem científica para uma acessível, seu intuito também é o de gerar debates e reflexões.
A divulgação científica é feita por cientistas que desejam conscientizar o público sobre a importância da ciência. Assim, o ponto de vista do divulgador é interno, adaptando suas próprias palavras para que as pessoas entendam as informações.
No entanto, nem sempre a recepção por parte dos espectadores é positiva, o que ocorre devido à onda atual de descredenciamento da ciência. Um dos motivos para isso é justamente o cientista ser visto como uma figura distante do povo e, como as pessoas não conseguem se identificar com o pesquisador, dificilmente confiam em sua pesquisa. Dessa forma, quando o cientista torna-se o comunicador ativo das informações, simplificando papers, ocorre uma aproximação entre a população e a ciência.
Além disso, não necessariamente publicidade e comunicação estão na grade curricular dos cientistas, os quais compartilham seu conhecimento de especialistas em ciência. Não só isso, mas uma vez que seu objetivo principal é simplesmente difundir conhecimento a todos, os meios que utilizam podem ser mais amplos, abrangendo até os mais cotidianos, como documentários, livros didáticos, histórias em quadrinhos e muitos outros.
Em conclusão, tanto o jornalismo científico como a divulgação objetivam transmitir ciência de forma descomplicada, aproximando-a do povo. No entanto, enquanto um jornalista analisa as consequências da ciência nas esferas econômica, cultural, política e sanitária, gerando discussões sobre os mais diversos temas, o divulgador tem como principal propósito tornar dados conhecidos. De qualquer forma, ambos são essenciais para a humanização e, consequente, valorização da ciência.
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