Microrganismos são organismos extremamente pequenos, visíveis individualmente apenas com o uso de microscópio, que incluem as bactérias, fungos, protozoários e vírus. Eles estão presentes em todos os ambientes, sendo que os alimentos não são uma exceção. Enquanto alguns são essenciais para a produção de novos alimentos, outros podem causar seu estrago ou até contaminações, ocasionando infecções e intoxicações ao serem ingeridos. Desta forma, os microrganismos encontrados em alimentos são classificados em três categorias, que serão abordadas a seguir:
Microrganismos tecnológicos são aqueles que modificam as características originais de determinado alimento, tornando-o em outro alimento, com outro gosto, sabor e aparência. Exemplos de alimentos produzidos desta forma são os derivados de leite, como queijo e iogurte, bebidas alcoólicas, pães e bolos. Estes sofreram o processo de fermentação, que também podem ajudar na sua conservação. Além disso, alguns microrganismos podem ser utilizados como probióticos, melhorando a flora intestinal do indivíduo, ou também para a produção de determinados metabólitos, como vitaminas e outros nutrientes por meio de suas enzimas.
São bactérias utilizadas principalmente para a fabricação de laticínios e alimentos em conserva, ao sofrerem o processo de fermentação láctica. Além disso, podem atuar como probióticos, aumentando a diversidade da microbiota intestinal do indivíduo que ingeriu, causando efeitos positivos para a saúde.
São leveduras que atuam como fermento biológico na produção de pão, ao liberar CO2 como produto da fermentação na massa, fazendo-a crescer. Além disso, outro produto da fermentação, o etanol, é utilizado para a produção de bebidas alcoólicas, como cervejas e vinhos.
Microrganismos deteriorantes são aqueles que ocasionam alterações químicas prejudiciais aos alimentos, tornando-os impróprios para o consumo. Estas mudanças são evidenciadas pela mudança de cor, textura, odor ou sabor do alimento. Todos os alimentos entram em contato com uma diversidade de microrganismos em baixas taxas, principalmente se estiverem expostos ao ambiente. Com o passar do tempo, e dependendo das condições do ambiente de armazenamento, como temperatura e luminosidade, além de características do próprio alimento, como presença de determinados nutrientes, pH e umidade, grupos de microrganismos que conseguem crescer com maior velocidade nestas condições tornam-se predominantes. As atividades metabólicas necessárias para a sobrevivência e proliferação destes microrganismos são responsáveis pela deterioração dos alimentos.
É uma bactéria que causa a deterioração principalmente de carnes refrigeradas, na presença de oxigênio. Elas causam o mau odor das carnes estragadas e deixam a textura superficial do alimento pegajosa.
É uma bactéria que ocasiona a deterioração de legumes e vegetais, deixando-os mais amolecidos, aguados e com mau odor.
Bolor encontrado em quase todos os alimentos, como cereais, vegetais, frutas, carnes e laticínios, sendo suas colônias visíveis a olho nu, com textura pulverulenta, de coloração variável.
Bolor encontrado principalmente em queijos, cereais, frutas e pães. Formam colônias com aspecto aveludado, de coloração variável.
Microrganismos patogênicos são aqueles que contaminam os alimentos, podendo ou não liberar toxinas, causando infecções ou intoxicações quando ingeridos pelo indivíduo. Em outras palavras, são os patógenos responsáveis pelas doenças transmissíveis por alimentos. Grande parte das contaminações são decorrentes de falta de higiene no transporte, manipulação ou preparo dos alimentos, podendo ocasionar surtos de doenças transmissíveis pelos alimentos, dependendo da escala de contaminação.
É uma bactéria que pode ser transmitida por ingestão de alimentos, como carnes, leite e ovos, ou água contaminados com fezes de animais infectados. As espécies que causam doenças em humanos são S. enterica e S. bongori. Ao infectar células do intestino delgado e grosso, pode causar salmonelose não tifoide, ao promover a morte destas pela liberação de toxinas, ocasionando cefaleia, calafrios, vômitos, diarreia e febre. Em casos mais graves, pode causar febre tifoide, com infecção sistêmica, aumentando o risco de morte.
É a bactéria que causa botulismo, transmitida por alimentos crus ou processados contaminados com suas toxinas. A toxina botulínica é uma neurotoxina que causa danos aos nervos autônomos, os quais controlam funções essenciais do organismo, como a respiração e batimentos cardíacos. Por isso, mesmo que seja ingerida em baixas quantidades, seus efeitos são extremamente graves, causando paralisia flácida, podendo levar a morte.
Transmitido de pessoa a pessoa, por superfícies ou por alimentos, como saladas, frutas e frutos do mar, e bebidas, este vírus causa inflamação no estômago e intestino, provocando diarreia, vômito, náuseas e dor no estômago.
Este vírus apresenta transmissão oral-fecal, principalmente se tiver falta de higiene, de pessoa a pessoa ou por água e alimentos contaminados. Este patógeno entra pelo sistema gastrointestinal até chegar ao fígado, onde infecta suas células, causando sintomas como fadiga, febre, dores musculares, problemas gastrointestinais e icterícia.
💡Como você pode ter percebido, microrganismos patogênicos e deteriorantes são responsáveis por grandes perdas econômicas e problemas de saúde na população. Este problema pode ser evitado com controle de qualidade dos alimentos dentro de sua empresa e produção.
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