As universidades são instituições milenares responsáveis pela criação, gestão e preservação do conhecimento para a sociedade. Dessa forma, é natural que, no decorrer dos séculos, mudanças tenham ocorrido e novos paradigmas e modelos tenham surgido. Com a mudança, ao longo do século XX, para uma sociedade do conhecimento, emergiu o paradigma da Universidade Empreendedora. Ou seja, as universidades passaram a assumir um papel mais central na sociedade, expandindo os papéis acadêmico e pesquisador para um papel de fonte de inovações a serem transferidas à sociedade.
Uma das principais características das Universidades Empreendedoras é sua forte ligação com o mercado e a indústria, facilitando a aplicação prática de pesquisas realizadas e conhecimentos adquiridos em sala de aula. Em outras palavras, são instituições que maximizam o potencial de comercialização de suas ideias e pesquisas. Dessa forma, criam valor na sociedade, não vendo isto como uma ameaça aos valores acadêmicos.
De acordo com um artigo publicado no Portal Inovação SEBRAE, os seguintes dados são apresentados no que tange ao papel das universidades na cultura empreendedora:
Entretanto, no Brasil essas iniciativas ainda são isoladas, criando uma barreira entre o universitário brasileiro e a educação empreendedora, que vai muito além de aprender a abrir e gerenciar um negócio. Percebe-se que a percepção dos brasileiros sobre Empreendedorismo ainda é muito restrita, como podemos observar a partir dos insumos coletados pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior) para o Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE) de 2019.
Dado esse cenário, o Movimento Empresa Júnior (MEJ) desempenha um papel crucial na expansão e consolidação do Empreendedorismo dentro das Instituições de Ensino Superior (IES). O MEJ tem a intenção de expandir e tornar possível para qualquer aluno, em qualquer universidade, a entrada em uma Empresa Júnior (EJ). E mais do que isso, o Movimento almeja que o graduando possa ter contato com o empreendedorismo dentro de uma EJ ou não. Ademais, outras vantagens que o MEJ entrega para as Universidades estão listadas abaixo:
No Brasil, foi criado um ranking de Universidades Empreendedoras que avalia Instituições que realmente apoiam e fomentam a Educação Empreendedora. Conhecido como Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE), é organizado pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior) e baseado em três eixos: comunidade acadêmica, ecossistema favorável e desenvolvimento da sociedade.
O grande diferencial do RUE é incluir a visão dos alunos na análise. Assim, a pesquisa ouve discentes, universidades e considera diferentes dados para criar a lista final. Percebe-se, portanto, que o RUE não é um simples ranqueamento, mas um estudo do ecossistema universitário brasileiro e do quanto ele empreende. De acordo com a Brasil Júnior, sua motivação para a criação deste ranking foi auxiliar o debate e a construção de universidades melhores, ou seja, universidades mais empreendedoras, uma vez que “a Universidade Empreendedora é a comunidade acadêmica inserida em um ecossistema favorável, que desenvolve a sociedade por meio de práticas inovadoras”.
Confira a lista completa do RUE em: https://universidadesempreendedoras.org/ranking/.
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